Supremo Tribunal Federal e Planalto criticam duramente tarifa de 50% imposta por Washington sobre commodities brasileiras
Por Antônio Diógenes | 01/08/2025 – Brasília (DF)
O governo brasileiro e autoridades do Supremo Tribunal Federal reagiram com veemência nesta sexta-feira (1º) à entrada em vigor das sanções econômicas dos Estados Unidos contra o Brasil, incluindo a tarifa de 50% sobre exportações de commodities agrícolas e minerais. A medida, considerada arbitrária por Brasília, marca um novo capítulo na deterioração das relações entre os dois países.
Em pronunciamento no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “o Brasil não aceitará imposições unilaterais que afrontam nossa soberania comercial”. O Itamaraty confirmou que estuda retaliar com ações na OMC e reavaliar acordos bilaterais.
No Judiciário, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, destacou que “a independência institucional e os direitos fundamentais não podem ser ameaçados por pressões econômicas estrangeiras”. O ministro Alexandre de Moraes, citado diretamente nas sanções sob a chamada Lei Magnitsky, classificou a medida como “intromissão inaceitável”.
Analistas avaliam que o gesto de Washington reflete tensões políticas acumuladas, especialmente em relação à atuação brasileira em fóruns multilaterais e à defesa da regulação de big techs. As sanções também impactaram o mercado interno, com alta do dólar e quedas na B3.
“A medida tem motivação ideológica e não técnica”, avaliou o professor Eduardo Mello, do Insper.
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