Por REDAÇÃO | RTV Jaguaribe
Publicado às 08h30 (horário de Brasília) – 06/07/2025

Foto divulgação I Instagram do Deputado Federal Mauro Filho
Investimento federal prioriza hospitais regionais, ampliação de cirurgias especializadas e modernização de equipamentos, com foco em descentralização e regionalização do atendimento.
Na manhã desta sexta-feira, 04 de julho de 2025, o Governo Federal anunciou um pacote de R$ 362 milhões em investimentos para o sistema público de saúde do Ceará. O anúncio ocorreu durante solenidade no Palácio da Abolição, em Fortaleza, com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, do governador Elmano de Freitas, da secretária da Saúde do Ceará, Tânia Mara Coelho, e de autoridades federais e estaduais, incluindo o deputado Mauro Benevides Filho.
O aporte financeiro foi formalizado para fortalecer hospitais regionais, ampliar o acesso a cirurgias especializadas, e modernizar equipamentos médicos em diferentes regiões do estado, promovendo a descentralização e a regionalização dos serviços de saúde.
Distribuição dos Recursos
Segundo o Ministério da Saúde, os recursos estão distribuídos da seguinte forma:
- R$ 161,3 milhões destinados à expansão de seis hospitais regionais no interior, atendendo a cidades-polo estratégicas.
- R$ 196,3 milhões para hospitais da capital, como a Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza e unidades da rede pública municipal.
- R$ 13,5 milhões destinados ao Hospital Universitário do Ceará, com recursos voltados para implantação de acelerador linear e infraestrutura de radioterapia.
- R$ 85,6 milhões para o Hospital Regional de Itapipoca, permitindo a realização anual de até 5.760 cirurgias e 14.400 consultas especializadas, além da compra de equipamentos hospitalares.
- R$ 17,5 milhões em recursos federais para custeio e modernização da Santa Casa de Sobral, além de aporte complementar do Governo do Estado para garantir a continuidade dos serviços.
- Aporte mensal de R$ 3,9 milhões para o programa “Agora Tem Especialistas”, que prevê a ampliação de cirurgias em hospitais do interior, com ênfase em Acaraú.
Impactos e metas
De acordo com o ministro Alexandre Padilha, o plano faz parte do maior esforço já realizado no país para reduzir filas e acelerar o acesso a exames e procedimentos de alta complexidade. “Estamos regionalizando o atendimento e fortalecendo a rede hospitalar fora das capitais, permitindo que a população do interior não precise mais se deslocar por longas distâncias para receber atendimento de qualidade”, afirmou Padilha durante o evento.
O governador Elmano de Freitas destacou que a interiorização dos investimentos é estratégica para enfrentar as desigualdades regionais em saúde. Dados do IBGE mostram que, enquanto Fortaleza possui cerca de 1,5 médico por mil habitantes, municípios do interior ainda convivem com índices abaixo de 0,5 médico por mil. Com os novos recursos, a expectativa é ampliar a oferta de consultas, cirurgias e tratamentos especializados, especialmente nas áreas de oncologia, ortopedia e diagnóstico por imagem.
Estrutura hospitalar e desafios
O Ceará conta atualmente com cerca de 23 mil leitos hospitalares (CNES, 2025), distribuídos de forma desigual entre capital e interior. A média estadual é de 2,6 leitos para cada mil habitantes, mas cidades como Barbalha chegam a 8,1 por mil, enquanto municípios de menor porte apresentam índices inferiores a 1 por mil. A descentralização dos investimentos pretende reduzir essas disparidades, garantindo acesso mais amplo e igualitário aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
Fiscalização e transparência
A secretária Tânia Coelho enfatizou a importância do controle social e da transparência na aplicação dos recursos. “A população terá acesso a todas as informações sobre o andamento das obras, aquisição de equipamentos e resultados dos novos programas, por meio do Portal da Transparência do Governo do Estado”, destacou.
Expectativas para os próximos anos
A regionalização do atendimento oncológico, a expansão das cirurgias eletivas e a modernização do parque tecnológico dos hospitais estaduais são apontadas como prioridades imediatas. A meta, segundo o Ministério da Saúde, é reduzir em até 40% o tempo médio de espera por procedimentos de média e alta complexidade no Ceará até o fim de 2026.
Fontes: Ministério da Saúde, Governo do Ceará, CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), IBGE. Deputado Federal Mauro Benevides Filho