Por Antônio Diógenes | RTV Jaguaribe, 20/07/2025


A vida acelerada das metrópoles tem motivado um número crescente de pessoas a adotar o movimento “slow”, uma filosofia que propõe desacelerar o ritmo cotidiano, resgatar o tempo presente e priorizar o que realmente importa. O conceito, surgido na década de 1980 na Itália como resposta à cultura do fast food, hoje abrange diversas áreas como alimentação, trabalho, consumo, educação e lazer.
Na prática, o movimento slow incentiva escolhas mais conscientes: refeições feitas sem pressa, rotinas que respeitam os ritmos biológicos, ambientes silenciosos, conexões reais e presença plena nas atividades diárias. A proposta não é a negação da tecnologia ou da produtividade, mas o uso equilibrado do tempo como forma de melhorar a qualidade de vida.
Segundo o Relatório Global de Tendências em Estilo de Vida (TrendWatching, 2024), termos como “slow living”, “minimalismo emocional” e “trabalho consciente” ganharam relevância nos buscadores digitais, especialmente após a pandemia de Covid-19, que expôs os limites do esgotamento físico e emocional. Especialistas destacam que a aceleração constante tem custos significativos à saúde mental, favorecendo o surgimento de quadros como burnout, ansiedade e insônia.
No Brasil, cresce o número de coletivos, cafés e projetos urbanos que adotam práticas do slow movement. Cidades como São Paulo e Florianópolis já contam com espaços de convivência voltados à pausa, meditação, alimentação orgânica e trabalho remoto com foco em bem-estar. Além disso, redes sociais e podcasts passaram a explorar o tema, propondo novos olhares sobre tempo, produtividade e propósito.
Desacelerar, portanto, não significa fazer menos, mas fazer melhor. O movimento slow propõe um estilo de vida pautado pela presença, pelo cuidado e pelo ritmo possível de cada pessoa, desafiando a lógica do “sempre mais” com um convite simples e transformador: viver com intenção.
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