Estudo revela que os eventos climáticos extremos, como secas e tempestades intensas, estão se tornando cada vez mais comuns e intensos no país.
Um estudo recente aponta que as mudanças climáticas estão intensificando a frequência e a gravidade dos eventos climáticos extremos no Brasil. Regiões que antes sofriam ocasionalmente com secas, tempestades e enchentes estão enfrentando esses fenômenos de forma mais recorrente, afetando o cotidiano da população e a economia local. As alterações na temperatura média do planeta, somadas ao desmatamento e à degradação ambiental, contribuem diretamente para esse cenário preocupante.
Meteorologistas indicam que as áreas mais afetadas incluem o Nordeste, que enfrenta longos períodos de estiagem, e o Sul, que tem registrado tempestades severas com ventos fortes e granizo. Segundo especialistas, o aumento da temperatura dos oceanos influencia diretamente o clima terrestre, potencializando a formação de sistemas de baixa pressão e, consequentemente, provocando chuvas intensas e enchentes.
O impacto desses eventos extremos é sentido em diversas áreas, desde a agricultura, que sofre com perdas de safra devido à falta ou ao excesso de água, até a infraestrutura urbana, que nem sempre está preparada para lidar com inundações repentinas. Além disso, a saúde pública também sofre as consequências, uma vez que o aumento das temperaturas contribui para a proliferação de doenças como a dengue, zika e chikungunya.
Em resposta a esses desafios, governos estaduais e municipais têm buscado estratégias de mitigação e adaptação, como o investimento em sistemas de monitoramento climático e a criação de planos de contingência. No entanto, especialistas alertam que as ações locais, embora necessárias, precisam ser acompanhadas de políticas nacionais e internacionais de redução de emissões de gases de efeito estufa para que a situação seja efetivamente controlada a longo prazo.
O fenômeno é um reflexo direto das mudanças climáticas globais, e especialistas afirmam que, sem uma ação imediata e coordenada, eventos como esses devem se tornar cada vez mais intensos e frequentes. “O planeta está aquecendo, e o impacto é inevitável. Precisamos agir agora para proteger o futuro”, declara o climatologista Jorge Souza, do Instituto Nacional de Meteorologia.
Escrito por Antônio Diógenes, 13 de novembro de 2024, para RTV Jaguaribe