Especialistas preveem mudanças significativas no clima do Brasil com a chegada do fenômeno El Niño, afetando temperaturas e padrões de chuva em várias regiões.
Com a confirmação do fenômeno El Niño para os próximos meses, o Brasil se prepara para enfrentar mudanças climáticas significativas que afetarão o regime de chuvas e as temperaturas em várias regiões do país. O El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, interfere diretamente nos padrões climáticos, causando alterações tanto em áreas que normalmente sofrem com a seca quanto naquelas que já enfrentam excesso de chuva.
Segundo meteorologistas, o El Niño traz a tendência de chuvas mais intensas no Sul e seca no Norte e Nordeste do Brasil. Essa configuração climática gera preocupação, principalmente para o setor agrícola, que depende de uma distribuição regular de chuvas para a produção de alimentos. Culturas como soja, milho e café podem sofrer impactos diretos caso o clima se mantenha desfavorável.
Além disso, o aumento nas temperaturas médias preocupa tanto os gestores públicos quanto a população. Especialistas em saúde alertam para os efeitos do calor intenso na qualidade de vida e na saúde pública, especialmente nas grandes cidades, onde a sensação térmica pode ser agravada pelo fenômeno das ilhas de calor. Doenças respiratórias e problemas cardiovasculares tendem a se intensificar, sobretudo entre as populações mais vulneráveis, como idosos e crianças.
O fenômeno La Niña, que é o oposto do El Niño, caracterizado pelo resfriamento das águas do Pacífico, também deve influenciar o clima no futuro próximo, mas com efeitos distintos. Com a alternância desses fenômenos, o clima brasileiro se torna mais imprevisível, exigindo maior preparo e adaptação das comunidades locais.
A Defesa Civil e o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) estão em alerta e recomendam que a população fique atenta às atualizações e aos avisos meteorológicos, especialmente em áreas suscetíveis a enchentes e deslizamentos. Medidas de prevenção e preparação são essenciais para minimizar os danos e preservar vidas.
Escrito por Antônio Diógenes, 13 de novembro de 2024, para RTV Jaguaribe