Por Antônio Diógenes – Jaguaribe, Ceará, 06.09.2025
Especialista em longevidade propõe modelo inédito para substituir o atual regime previdenciário, que considera ultrapassado diante do envelhecimento populacional brasileiro
Nilton Molina, presidente do Instituto de Longevidade MAG e referência no setor de seguros, afirmou em entrevista que o atual sistema previdenciário brasileiro não comporta mais reformas — é preciso substituí-lo por um novo sistema.
Segundo o especialista, o envelhecimento populacional em curso inviabiliza a continuidade do modelo vigente — o chamado “pacto intergeracional”, que previa muitos trabalhadores ativos sustentando uma minoria de aposentados, já entrou em colapso em razão da queda da natalidade e da maior longevidade.
Ele destacou que apenas uma minoria dos brasileiros possui previdência privada (não chega a um dígito percentual) e apontou que esse desequilíbrio entre proteção pública e privada agrava a fragilidade do sistema.
Molina propôs um modelo estruturado por faixas etárias:

- Menores de 20 anos: ingresso direto em um sistema totalmente novo.
- Entre 20 e 40 anos: migração completa para o novo sistema.
- Entre 40 e 60 anos: redução dos benefícios prometidos em dois terços.
- Acima de 60 anos: manutenção dos direitos com ajustes, mas sob forte sacrifício social e econômico.
O executivo classificou o termo “reforma” como inadequado à realidade, uma vez que reformas adaptam estruturas antigas; ele defende que é preciso implantar um sistema novo, com benefício máximo limitado a um salário mínimo para os que ingressarem no mercado.